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COMO SE RELACIONAR MELHOR?

O Afeto está relacionado à ideia de ser afetado. É como se você fosse uma folha em branco e alguém ou algo deixasse uma marca.

E ser afetado não quer dizer ser só passivo, mas também desenvolver ações, ou seja, possuir certo poder de afetar.

Você já "afetou" ou foi "afetado" por alguém?

Cada encontro guarda a potência de fazer emergir algo ainda desconhecido no indivíduo.

O medo e a raiva, por exemplo, são emoções que podem nos direcionar para uma ação.

Não subestime como as emoções podem determinar formas e fontes de sofrimento na sua vida.

Então, o que você faz com aquilo que te afeta?

"Eu fico com raiva e acabo projetando em alguém o que sinto, inclusive nas pessoas que amo."

Se esse é o caso, o seu comportamento criou um tipo de bloqueio emocional que resulta na perda da sua racionalidade.

"Bloqueio emocional?"

Sim! Uma sensação de paralisia que te impede de progredir em áreas como relacionamentos amorosos e carreira, acompanhada por comportamentos imprudentes, tais como raiva intensa e medos irracionais.

Se o seu sentimento for de medo, você tende a procurar segurança, entregando a sua liberdade para quem detém os meios de poder.

Imagine, por exemplo, que você tenha um chefe opressivo, onde há uma forte presença de características autoritárias.

Devido ao medo constante de represálias e punições, você segue as regras impostas por este chefe. Renunciando a sua liberdade de expressão em troca de uma sensação de segurança.

Caso o sentimento seja de ódio, você passa a procurar um inimigo, um culpado para seu estado emocional.

Por exemplo, diante do estresse no trabalho, você desenvolve um sentimento de ódio pelo emprego.

Em vez de considerar as condições de trabalho ou a própria gestão do estresse, você culpa o chefe ou projeta em alguém seu desconforto emocional.

Neste último caso, o ódio pode passar a ser retroalimentado e vai acabar atingindo as pessoas mais próximas, pois esse sentimento faz você procurar, inconscientemente, adversários.

"E como eu faço para não sofrer um bloqueio emocional?"

Não escolhendo inflar um determinado sentimento, ou seja, retroalimentar a raiva em vez de procurar o autocontrole.

"Mas isso não é fácil?"

Certamente que não, mas é possível a partir do domínio da cadeia de pensamentos que te leva ao controle emocional.

Quando você chega em casa e fica só pensando no que te deixou estressado, você tende a sentir novamente a raiva.

E isso vai ficando mais intenso e você acaba se tornando prisioneiro daquela emoção.

Então, aquele que começa a se fechar emocionalmente, sofre de ressentimento, pois o sentimento não se desdobra numa possibilidade de troca.

Já tentou conversar com alguém sentindo raiva? Deu certo?

Não vai dar certo, pois essa relação se presume numa onipotência, onde o sujeito raivoso não consegue dominar suas emoções naquele momento.

Assim, ele não administra o estresse, mas apenas fecha o "circuito psicológico" para possíveis alternativas.

Inclusive, criando uma angústia na pessoa que recebeu a projeção a ponto de se gerar um sentimento de culpa nela.

"O que eu te fiz para você me tratar assim?"

E mesmo você sabendo que a pessoa não fez nada de errado, tende a continuar projetando sua raiva em virtude do bloqueio emocional.

Cadê o seu autocontrole?

Autocontrole é geralmente sinônimo de força de vontade, capacidade de enfrentar situações difíceis, ter um poder interior, ser emocionalmente forte...

No entanto, o indivíduo só vem a controlar parte de seu próprio comportamento quando uma resposta tem consequências que provocam conflitos.

Isso é mesmo necessário?

A noção de autocontrole implica em analisar e descobrir qual a variável que pode ser controlada, pois dessa forma descobrimos um meio de controlar o comportamento.

E as variáveis em psicologia são coisas que podem ser mudadas ou alteradas, como uma característica ou valor. Mas isso são questões para serem trabalhadas na sua terapia.

"Nossa... que texto irritante!"

Resista à tentação e ao hábito de irritar-se, observe sua evolução e progresso, e desenvolva aos poucos o autocontrole.

Para que isso ocorra, é essencial dominar suas tendências desobedientes e suas vontades próprias que te tiram do equilíbrio.

Afete-se menos, observe-se mais! Quando os esforços são contínuos, os resultados se tornam inevitáveis.

Boa reflexão!


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