Livre arbítrio é uma palavra que significa: livre decisão, juízo próprio, escolha. Sua noção é usada por nós no dia a dia.
Toda vez que falamos nessa expressão, a ideia é de ser livre. Então, quem nos prende?
Para a sociedade cristã, Deus é onisciente, onipresente e onipotente, e ao permitir que você existisse, Ele já sabe, desde sempre, a sua trajetória de vida.
E mesmo levando em conta que Deus sabe qual será o seu destino, ainda assim, a escolha é sua para seguir o seu caminho. Nesse sentido, você tem o livre arbítrio!
Existe a possibilidade de uma escolha ser malsucedida. Mas isso quer dizer, que ela deve perpetuar no tempo?
Essas dimensões da realidade que não controlamos como: epidemias, guerras, doenças, entre outros, pertencem a que tipo de situação: azar, acaso, sina...?
O conjunto de habilidades que temos para lidar com esses eventos é a forma criativa de reagirmos a realidade que nos cerca.
Se os fatos mudam, é necessário mantermos as crenças construídas ao longo do tempo?
É possível construirmos caminhos, pela vontade de extrair o melhor daqueles acontecimentos que escapam ao nosso controle.
Mas para isso, temos que explorar a capacidade de fazer com que essas circunstâncias não obstruam os nossos objetivos.
E como isso é possível? Adaptando nossas convicções e buscando o equilíbrio necessário. A realidade imposta requer ajustes e não lamentações contínuas.
A estratégia de adaptação é necessária, porque os fatos mudam a cada instante.
Ficar preso a uma “palavra empenhada”, lembra a fama que acompanhava Maquiavel, político, filósofo e pensador do século XVI, que retratava essa decisão como não importante.
Ele afirmava que se a condição havia mudado, então não importa que você seja coerente, religioso ou ético, mas apenas que pareça ser.
Daí surge a expressão “maquiavélico”, alguém que não respeita a palavra, que instrumentaliza os outros, ou seja, no sentido de modificar algo para alcançar um interesse.
Lembra daquela frase: “os fins justificam os meios”? Ela é muito usada pelos governantes para que se mantenham acima da ética dominante ou aumentem o seu poder.
Mas é possível discordar de todos esses argumentos. No entanto, isso mudaria a condição imposta pela realidade da vida?
Sempre será mais fácil imputar a culpa do que fazer uma análise intelectual pura e dura sobre os fatos.
Não é necessário concordar com essas opiniões para se sentir interpelado e inspirado em buscar a sua liberdade de ser.
Você pode até escapar das alegações, mas não de si mesmo.
Portanto, o importante é focar em como bolar medidas que nos libertem dos nossos problemas.
Às vezes, a situação se torna pior porque a solução escolhida é, em geral, aumentar a dose do problema. “Ele(a) me paga!” “O mundo é ruim!”
Não deixe de notar a realidade de forma equilibrada. As coisas que não estão sob o nosso comando não devem bloquear nossas metas.
É necessário trabalharmos para nosso próprio mérito e quem deve ter orgulho disso somos nós mesmos, e não os outros.
Se a liberdade é uma escolha, quem detém o livre arbítrio?
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