Qual o sentido da vida? Essa pergunta é difícil de ser respondida, porque o homem tenta entender o seu papel no mundo e a relação com aquilo que o cerca. Quer refletir sobre isso?
Você sabe o que significa Niilismo? É uma concepção filosófica na qual não haveria um sentido prévio para a vida.
Uma pessoa niilista seria uma pessoa nadista, ou seja, que acredita que as crenças e os valores tradicionais não possuem fundamento.
Algumas pessoas ficariam tentadas em dizer, que aquela pessoa é negativista, mas esse não é o sentido que se deve dar.
Uma pessoa negativista, que também não pode ser chamada de depressiva, é aquela que não encontra nada de positivo nas coisas, está sempre em estado de desânimo, desalento, acha que tudo resultará em erro, equívoco ou em desastre.
Não é a mesma coisa quando se pensa em niilismo, pois essa é uma concepção filosófica surgida há alguns séculos, fundamentada na subjetividade do viver.
É o que é viver para você? Ter esperança em dias melhores com base em suposições?
Nietsche, filósofo do século XIX, foi quem trouxe o entendimento que nós devemos decretar a morte da esperança vazia, isto é, eu não posso esperar meras promessas, amparado em coisas que não se tem tanta exatidão.
Você tem certeza que estará vivo amanhã? Então, por que deixa tudo para depois?
Segundo Nietsche, quando a gente acredita numa vida virtuosa, acaba se enfraquecendo, pois acabamos apoiando nossas convicções em coisas incertas.
Ele me prometeu “X”, então basta eu aguardar que tudo se concretizará. Será? Quantos de nós já pensou isso e aconteceu aquilo?
O niilismo, em razão de não acreditar num sentido prévio, nos faria colocar em ação, em vez de apoiarmos a nossa condição de vida em supostas imaginações ou simbologias sem base representativa.
Existe como eu plantar arroz e colher feijão? Se eu não me aperfeiçoar, quais são as minhas chances de ser promovido?
No século XX, o Niilismo traz como representante expressivo, Sartre, filósofo existencialista, aquele que falamos sobre a nossa liberdade de escolha, no texto anterior. Você teve a oportunidade de ler? (https://www.michelbezerra.com.br/post/a-liberdade-de-ser)
Sartre diz que nós fazemos o sentido. E este se constrói enquanto vivemos. Essa etapa é que se vincula o niilismo ao existencialismo, ou seja, de nós elaborarmos um sentido para vida.
Portanto, essa história de que os fatos só acontecem com determinadas pessoas seria explicado pelas ações realizadas por elas e não porque já estava “prometido”.
Assim, a ideia levantada neste artigo é bem objetiva: há um sentido para a vida ou não há? Só a nossa essência pode explicar!
Você já tem a sua explicação? O modelo de construção pode ser decorrente de situações estressantes ou não.
A possibilidade de considerar sua relação com o mundo é primordial para a estruturação do sentido da vida.
É preciso viver a sensação de que suas escolhas fazem parte da vida e que algumas farão sentido e outras não.
O senso de pertencimento é seu e não de “A” ou “B”. E a melhor explicação para o sentido da vida é definida por você, a partir do papel que você tem na relação com o mundo.
Faz sentido?
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