Será que a leitura desse texto pode mudar suas crenças?
As crenças, segundo a Terapia Cognitivo-Comportamental, determinam vários aspectos das nossas vidas. Elas são ideias generalizadas sobre um determinado tema.
Organizam nossa percepção e definem nosso comportamento com a função de nos adaptarmos às situações da vida.
Quais são suas crenças? Elas te limitam ou te colocam para frente?
Cada ser humano tem seu modo de ser, pensar, agir e sentir que são resultados de diferentes vivências.
Há uma programação mental que nós aprendemos desde a infância. E esses programas mentais podem determinar nossa vida. Isso a ciência não questiona.
O valor de dinheiro que você tem no banco, como é o seu casamento, como você se relaciona no trabalho, são frutos do que suas crenças te possibilitam ser.
E elas podem ser mudadas, a partir da concepção de que tudo que vimos, ouvimos e sentimos, de forma real ou imaginada, se transforma em memórias armazenadas na mente.
Visto que, cada memória traz em si significados e sentimentos que compõe nossas crenças e aprendizados.
Você lembra de algum fato que marcou sua vida? Que significado ele tem hoje?
Certos significados moldam nossa identidade, capacidade e merecimento. E essa memória sensorial surge do que ouvimos, vimos e sentimos.
“Seu idiota, por que você fez isso? Tenho que te bater, toda vez que você faz coisa errada? Poxa, você já tem 10 anos.”
Qual o significado gerado nessa criança, quando esse tipo de comportamento se repete?
“Meu herói grita e me bate. Eu não sou uma criança boa, competente e não mereço nada de bom, porque não tenho valor.”
Essa crença é composta de uma memória sensorial, baseada no que ouviu, viu e sentiu. Gerando assim vários significados e sentimentos construídos por essa memória.
E isso pode ser levado por toda a vida, fazendo com que aquela criança transforme essa memória em uma crença: “Não sou capaz!”
E toda memória traz um significado bom ou ruim que pode trazer uma representação de nossas crenças.
“Eu vi papai e mamãe brigando o tempo inteiro.”
A partir dessa observação, pode surgir a crença de que a casa é um lugar ruim e casamento é um sofrimento.
O bom de tudo isso, é que podemos modificar esses elementos que cremos. E quando alteramos essas memórias, reprogramamos as nossas crenças.
Logo, qualquer que seja a nossa crença, ela é composta das memórias, do significado que demos para esses acontecimentos e dos nossos sentimentos.
“E como mudar isso?”
A inteligência emocional é importantíssima para esse fim, pois uma pessoa com essa característica dará um bom significado à experiência que vive em sua memória.
“Mas é difícil ter controle emocional.”
Você já leu o artigo anterior, sobre esse tema?
Quem tem inteligência emocional, consegue viver situações adversas e trazer bons significados.
“E quem não tem?”
“Nossa, passei no vestibular para medicina. Veio uma lembrança do meu pai que perdeu o paciente dele, assim que formou. Será que vou dar conta? Será que serei feliz?”
Quem não tem controle emocional, mesmo numa situação de conquista, pode gerar um significado de medo e insegurança.
E nós podemos acumular e combinar todas as nossas memórias. Até mesmo aquelas que não vivemos.
“Sério?”
Seríssimo! Se você pensa em algo bom, essa imagem pode virar uma memória. O contrário também é verdadeiro, ou seja, quando se pensa em coisas ruins.
Esse é um dos aspectos que fazem o pensamento ter grande importância, pois ele pode ser benéfico e perigoso ao mesmo tempo.
“Então minhas memórias podem definir minhas crenças?”
Segundo a literatura, sim!
Pois elas produzem significados, sentimentos e você tende a agir conforme essas produções.
Será que um alcoólatra, fumante, quem casou inúmeras vezes, gostaria de continuar vivendo assim?
A combinação de memórias, significados e sentimentos mandam no nosso comportamento. Quem age daquela forma, não faz porque gostaria de fazer.
E você, faz algo por que gosta de fazer? Será que não está obedecendo suas crenças?
Podemos alterar e reprogramar nossas crenças!
Seja alterando a memória, o significado ou seus sentimentos.
Com a ajuda de um profissional você pode identificar quais são as suas crenças limitantes e como alterá-las.
Reitero, nossas crenças determinam os aspectos financeiros, de saúde, relacionamentos…, isto é, os programas mentais que regem todas as áreas da nossa vida.
É isso que torna essencial analisar as nossas crenças, pois elas adquirem tanta importância quanto a esfera do pensamento racional.
Este ligado à lógica, ao cálculo e a razão, mas que não necessariamente é o que fica no controle das decisões importantes, aliás, raramente conseguimos desconectar das emoções e pensar friamente.
Jung, Psiquiatra Suíço e Fundador da Psicologia Analítica, destacou: “Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamar isso de destino.”
Você crê nisso?
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