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O MITO


Qual a relação entre a mitologia e a psicologia? E o que isso tem a ver com você?

A Psicologia é uma ciência muito nova. Surgiu como um método empírico para responder às perguntas elaboradas pela Filosofia.

Jung, Psiquiatra Suíço, foi quem imprimiu à psicologia o simbólico e o mítico. E ele dialoga, ao longo de toda a sua obra, com o mundo subjetivo e objetivo.

Ele diz que “psique é imagem”, assim, para acessá-la é preciso falar a língua das imagens, que está nos mitos, no inconsciente coletivo, na arte, cultura e não nos complexos pessoais ou traumas.

“Interessante!”

“Mas como o mito pode ajudar no processo terapêutico?”

Os mitos provêm do inconsciente e trazem informações valiosas de experiências passadas, que nos ajudam a compreender comportamentos e pensamentos atuais.

Eles devem ser interpretados simbolicamente, pois revelam aspectos de fenômenos humanos, culturais e de espírito.

E isso pode mobilizar o íntimo do homem, por meio das profundezas da alma, onde a linguagem não é a razão, mas possui um grande significado.

“Quer dizer que um mito pode me ajudar psicologicamente?”

Sim, e muito! Desde que você esteja disposto a compreendê-lo na sua relação com a vida.

“Então me diga, como?”

Você conhece o mito da fênix?

A fênix é um pássaro que ao morrer pega fogo e vira pó. Após um determinado tempo ela renasce das próprias cinzas.

Os romanos a viam como uma metáfora para o caráter imortal do Império, inclusive estampando essa ave em algumas das suas moedas.

Com o surgimento do cristianismo, a fênix passou a representar a ideia de ressurreição e de vida após a morte.

Esse simbolismo tem muito a ver com os nossos ciclos de vida, com o fato de que é preciso dar a volta por cima, inclusive, com a “morte em vida”.

Até já escrevi sobre essa “morte em vida” no texto: “Viva o que te move, não o que te mata.”

Você leu?

“Não, mas pretendo!”

Acho que já li essa manifestação antes, que me causou desconforto, mas tudo bem! Vou continuar redigindo, pois, desejo “renascer das cinzas”.

“Não entendi!”

Calma! Você vai entender!

Imagine que eu fique deprimido pela falta de leitura dos meus textos e passe um bom tempo sem escrever.

Fiquei desestimulado, sem alegria, sem forças, pois não faz mais o menor sentido continuar escrevendo.

Com o passar do tempo, após algumas sessões de terapia simbólica, eu chego à conclusão que escrevo para mim e não para ninguém.

Trago para consciência, que a minha ação de escrever traz crescimento profissional, em razão dos estudos que faço, me ajuda a concentrar na psicologia, me estimula a ler muitos livros, pesquisar, atender melhor meus pacientes…

Então, passo a compreender que aquele sentimento de tristeza, que me levou a ficar deprimido, é uma projeção minha com a falta de leitura dos meus textos.

A partir dessa elaboração psicológica, eu saio do meu estado de depressão e volto a escrever como nunca, pensando até em publicar um livro.

“kkkkk… menos, por favor! Ninguém vai ler.”

Ih, já estou curado! Em breve sairá meu livro, aguarde!

Observe que a Psicologia Simbólica, neste caso, foi primordial para o meu “renascimento das cinzas” e começo a lidar melhor com as projeções.

Sua abordagem, através do trabalho da mitologia, trouxe uma realidade sob a forma de me colocar e atribuir sentido ao mundo.

E esses processos simbólicos relacionados ao mito, possibilitam a circulação de energia psíquica, transformando seus conteúdos e desenvolvendo a sua consciência.

Isso é claramente expresso também, através dos sonhos, pois sendo eles todos simbólicos, podem ser operados por meio de analogias.

E o símbolo, segundo Jung, é a melhor expressão possível para trazer algo relativamente desconhecido, pois ele é representado por imagens, experiências e vivências.

Ele possui um caráter “mágico” de atrair a atenção psíquica. Assim, o símbolo tem uma função de equilíbrio da psique como um todo.

Mas, reitero, isso só ocorre quando há uma atitude participativa e receptiva por parte do indivíduo que permite a união de conteúdos conscientes e inconscientes.

Compreende?

E agora, você está mais consciente da importância do mito para você?


Obs:

Link para o texto: "Viva o que te move, não o que te mata."



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