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Foto do escritorMichel Bezerra

LUZ, CAMERA E AÇÃO



Como você se comporta diante de fatos complexos? Como resolve seus problemas? Você é adepto ao “deus ex machina” ou não? Já ouviu falar?

“Deus ex machina” é uma expressão utilizada para quando uma força superior e anterior aos humanos intervém em alguma situação para resolvê-la.

Essa expressão era muito usada nos espetáculos teatrais gregos, quando uma situação ficava insustentável e acima dos atores que estavam no palco, descia um Deus.

Ele resolvia toda a condição que estava ali presente e apavorava aquela representação, especialmente as tragédias.

A utilização de um “deus ex machina” confere ao dramaturgo uma incapacidade de resolução de sua construção dramatúrgica e dos conflitos propostos em seu texto.

E na vida real? Você se utiliza desse artifício para fugir dos conflitos mais difíceis?

Muitas pessoas quando passam por uma situação de extrema dificuldade, que mexe muito com elas, esperam que algo venha de fora e deixe tudo resolvido.

É o chamado “inesperado que se resolve!” Esperar que as coisas “caiam do céu” e como um “passo de mágica” se resolvam.

Nos dias de hoje, nada mudou! “Deus ex machina”, continua sendo uma solução altamente improvável pelos meios naturais, mas imensamente desejada por muitos.

É como ganhar na loteria sem jogar. Você conhece alguém que já conseguiu essa façanha?

Quais as chances daquele que não faz o que deveria fazer, ter êxito? Não é fora da zona de conforto que a vida acontece?

A tendência de nosso cérebro é economizar energia física, cognitiva e emocional. E para isso, fazer o que é fácil, cômodo e conhecido é muito mais atraente.

Algumas das causas para continuar esperando essa “força superior” estão na preguiça, soberba, medo e na falta de enxergar um propósito.

E as consequências são inevitáveis, pois deixamos de exercer um talento, estagnamos nossas carreiras, não buscamos nosso autodesenvolvimento e a saúde fica debilitada.

Quando enfrentamos uma situação complexa a tendência é paralisarmos, em vez de ressignificarmos essa percepção. Aí, muitos recorrem ao “deus ex machina”.

É o tal do “aceita que dói menos”. “Eu aceito esse emprego, porque demanda uma energia imensa buscar o que eu gosto de fazer.” “Essa escolha é muito mais fácil.”

Quem tem o poder de mudar algo e a você mesmo? Quem exerce o controle das suas ações? Quem escolhe a vida que vive?

“Ah, mas é muito difícil!”

Quem disse que viver é fácil?

A vida traz valores para cada sujeito e estes são provenientes das construções adquiridas ao longo da sua jornada.

Por exemplo: para os cristãos, é possível o perdão sem conversar com Deus?

“A fé move montanhas” é um ditado popular que enfatiza um texto bíblico. Mas sua literalidade não é mágica. Ela necessita do seu direcionamento.

Portanto, aguardar que essa força superior aja sozinha é uma escolha. A outra, é buscar caminhos que deixem a procrastinação de lado.

Perceba e avalie em quê sua vida está se baseando. Defina critérios relacionados a satisfação pessoal e observe se você tem características indicadoras de doenças mentais.

O julgamento dessa satisfação de vida vai depender de uma comparação entre as circunstâncias vividas e o padrão desejado por você.

Utilizar seus “filtros internos” fará você identificar seu nível de satisfação na vida e provocar essa força interna em vez de apenas aguardar por uma “força superior”.

Recorrer ao “deus ex machina”, hoje, assim como no século passado, vai continuar apenas revelando uma falta de capacidade em resolver a sua “trama teatral”.

Quem é o protagonista da sua “peça”? E quem a escreve e dirige?

Bom roteiro!

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